Banco Central libera solicitação automática para resgate de dinheiro esquecido; saiba mais

Banco Central liberou nesta terça-feira (27) uma nova funcionalidade no Sistema Valores a Receber (SVR) que permite a solicitação automática de resgate de dinheiro esquecido em bancos, consórcios e outras instituições financeiras.

A medida tem como objetivo facilitar o acesso aos valores, sem que os usuários precisem fazer consultas periódicas ou solicitações manuais.

De acordo com a corporação, a adesão ao serviço é opcional e exclusiva para pessoas físicas que possuem chave Pix vinculada ao CPF. Ao ativar a função, o crédito será feito automaticamente na conta do cidadão, sem a necessidade de qualquer aviso prévio da instituição. No entanto, instituições financeiras que não aderiram ao termo de devolução via Pix continuam exigindo solicitação manual, assim como os valores de contas conjuntas.

Para habilitar o serviço, é necessário ter uma conta gov.br com nível de segurança prata ou ouro, além de ativar a verificação em duas etapas. Quem ainda não possui chave Pix vinculada ao CPF deve fazer o cadastro na instituição financeira antes de aderir à funcionalidade.

Atualmente, há R$ 9,13 bilhões disponíveis para resgate, segundo balanço da instituição divulgado em maio, com dados de março. Apesar do prazo inicial para saque ter terminado em outubro de 2024, o Ministério da Fazenda informou que não há limite para que os clientes recuperem os valores esquecidos.

O Banco Central também anunciou que, a partir de dezembro deste ano, será possível bloquear a abertura de contas bancárias em nome do cidadão. O novo serviço, instituído pela Resolução BCB nº 475 de 2025, tem como objetivo combater fraudes e evitar que sejam abertas contas falsas ou que alguém seja incluído indevidamente em contas conjuntas ou empresariais.

A solicitação será feita na área logada do portal Meu BC e poderá ser revertida a qualquer momento, de forma temporária ou definitiva. As instituições financeiras, por sua vez, serão obrigadas a consultar essa base de dados antes de abrir qualquer nova conta em nome do usuário.


Fonte: TV Cultura – Foto: Ag. Brasil

PIB paulista registra crescimento de 1,4% nos dois primeiros meses de 2025

O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado de São Paulo avançou 1,4% no acumulado de janeiro e fevereiro deste ano, em relação ao mesmo período de 2024. De acordo com dados da Fundação Seade, todos os setores da economia apresentaram crescimento no estado, com destaque para agropecuária (3,0%); serviços (2,2%); e indústria (0,9%).

“O ano começou muito positivo para a economia de São Paulo. Tivemos crescimento em todos os setores do PIB no primeiro bimestre e isso nos mostra que estamos no caminho certo. Temos a certeza de que 2025 será mais um ano de oportunidades no mercado de trabalho para os paulistas e para quem quer empreender em nosso estado”, afirma o governador Tarcísio de Freitas.

No acumulado dos últimos 12 meses, se comparado ao mesmo período anterior, o PIB paulista cresceu 3,1%. Os setores que mais se expandiram neste período foram indústria (2,2%) e serviços (3,2%).

Em fevereiro de 2025 o indicador cresceu 1,0% com todos os setores apresentando variação positiva em relação a fevereiro do ano passado. No segundo mês do ano, destacaram-se os setores de agropecuária (12,1%), indústria (0,5%) e serviços (1,9%).

Emprego formal também cresce no bimestre

A Fundação Seade também divulgou dados sobre a criação de emprego formal no estado de São Paulo. Nos dois primeiros meses de 2025 foram gerados 175 mil novos postos, 28% a mais do que no mesmo período do ano anterior.

Com esse resultado, o estoque de empregos formais no Estado atingiu 14,5 milhões, o que representa cerca de 30% do total verificado no Brasil.


Fonte/foto: Governo de SP

Entidades do setor produtivo criticam aumento dos juros

A elevação de 1 ponto percentual da taxa Selic (juros básicos da economia) recebeu críticas do setor produtivo. Segundo entidades da indústria, do comércio e centrais sindicais, os juros de 14,25% ao ano, no maior nível em quase dez anos, prejudicam a recuperação da economia e ameaçam o emprego e o consumo.

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) destacou que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) não tem outros efeitos além de prejudicar a economia. Segundo a entidade, a taxa alta desconsiderou a queda do dólar e da cotação do petróleo no mercado internacional, fatores que ajudam a segurar a inflação.

“Outros fatores vão contribuir para a redução da inflação e, por isso, não poderiam ter sido desconsiderados pelo Banco Central em sua decisão, avalia a CNI. Um deles seria a valorização cambial. O dólar, que fechou 2024 a R$ 6,19, passou a R$ 5,68, em 18 de março de 2025.”

O segundo é a queda no preço do petróleo, com o valor do barril Brent caindo de US$ 85, em outubro de 2024, para aproximadamente US$ 70, em março de 2025, destacou a CNI.

A Associação Paulista de Supermercados (Apas) pediu mais “parcimônia” ao Copom para calibrar melhor a política monetária e não prejudicar a economia. 

“O Brasil já possui uma das maiores taxas reais de juros do mundo e, com a recente calibragem da Selic, torna ainda mais difícil fomentar o nível de investimento necessário para o país se manter competitivo internacionalmente neste cenário de neoprotecionismo. Além disso, os efeitos sobre os empregos e sobre o consumo das famílias são deletérios”, ressaltou a associação.

Apesar do impacto sobre o consumo, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) considerou que a decisão do Copom veio em linha com as expectativas do mercado financeiro. Para a entidade, o BC terá de aumentar os juros enquanto os gastos do governo estiverem altos. “Apesar da redução da cotação do dólar, houve aceleração da inflação, que se mantém acima da meta anual, num contexto de incertezas fiscais e expectativas inflacionárias ainda desancoradas, justificando uma política monetária mais contracionista”, afirmou a entidade.

Centrais sindicais

O aumento dos juros também foi criticado pelas centrais sindicais. Em nota, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Central Única dos Trabalhadores (Contraf-CUT) considerou que a decisão aumenta o aperto financeiro sobre a população.

“Há anos o Brasil mantém uma taxa básica de juros abusiva e que, além de influenciar nas altas taxas de juros de todo o sistema bancário, somente beneficia um pequeno grupo de rentistas. A última queda na Selic foi em maio do ano passado, que já estava num nível absurdo, de 10,50%”, destacou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

Em nota, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, destacou que o Banco Central não mudou a política monetária sob a gestão do novo presidente, Gabriel Galípolo. 

“A atual política econômica está destoando dos anseios da classe trabalhadora. Elevar os juros nesse momento traz mais incertezas. A decisão trará efeitos negativos sobre a criação de empregos e renda. Os juros continuam proibitivos e o Brasil perde outra chance de apostar na produção, no consumo e na geração de empregos”, diz Torres na nota.


Fonte: Ag. Brasil – Foto: Rafa Neddemeyer/Ag. Brasil

Mercado de brinquedos cresceu 36% em vendas em 4 anos, diz Abrinq

O mercado de brinquedos no Brasil cresceu cerca de 36% em vendas desde 2020, saltando de R$ 7,5 milhões para R$ 10,2 milhões em 2024. Com o consumo per capita de brinquedos em ascensão, o setor registra uma média de 11 unidades por criança ao ano, segundo a Fundação Abrinq, que destaca como razões para esse crescimento a constante demanda por inovação e renovação dentro da indústria, impulsionada pelo lançamento de produtos, como a inclusão de 43 tipos de brinquedos para crianças com necessidades especiais, e pelo fortalecimento do varejo.

“O setor tem demonstrado uma resiliência impressionante, impulsionada tanto pelo aumento no consumo per capita quanto pela diversificação de produtos. O Brasil tem entre 9 mil e 14 mil nascimentos de crianças por dia, e isso cria um público consumidor constante, que movimenta toda essa cadeia produtiva”, disse o presidente da Fundação Abrinq, Synésio Batista da Costa. 

Ele lembra que, há 30 anos, o setor foi afetado pela invasão de produtos chineses, o que provocou o fechamento de 636 fábricas com 45 mil pessoas demitidas. Atualmente, depois de uma retomada, o setor tem 400 fábricas e 70 mil empregados no país.

Synésio reforçou que o setor de brinquedos precisa renovar de 25% a 30% da frota por ano. Hoje, existem, um total de 4.700 tipos diferentes de brinquedos. 

Sobre o preço dos produtos, ele explicou que o setor tem sua própria inflação, que é melhor que a inflação do país. 

“A elevação do preço do brinquedo é um pouco mais do que a metade da elevação da inflação do país. Os brinquedos estão nos 27 estados da Federação, inclusive o Distrito Federal. Em qualquer lugar há uma loja, um representante, um revendedor. Mesmo nas cidades em que as famílias são mais humildes, o brinquedo chega, e é possível comprar um brinquedo a partir de R$ 10. Toda família vai ter R$ 10”, disse.

O presidente da Abrinq avalia que a expectativa de crescimento do setor este ano não é menor do que 4,5%. 

Em relação à produção, Synésio se queixa da falta de mão de obra. Segundo ele, há fábricas com oferta vasta de vagas, chegando a 100. 

“Porém, não aparece ninguém para trabalhar. Não precisa nem ser qualificado, porque nós qualificamos na fábrica. Tem gente que aparece querendo trabalhar sem carteira assinada e nós não fazemos isso. Mas pretendemos resolver isso. Hoje estou com 7 mil vagas abertas no setor”.

Synésio destacou ainda que o salário de um operário de fábrica varia de R$ 3.500 a R$ 7 mil, com todos os benefícios sociais.

Feira

Teve início nesta segunda-feira (10) a Feira Abrin, na capital paulista, um encontro estratégico que reúne fabricantes, distribuidores e lojistas, além de proporcionar um ambiente propício para a geração de negócios e a troca de conhecimentos sobre tendências e inovações. 

Segundo a organização, desde 2020, o evento cresceu 31,6% em número de visitantes e 17,1% em expositores, demonstrando sua relevância para a indústria. Em sua 41ª edição, s visitantes poderão conferir mais de 170 expositores e 1.500 lançamentos distribuídos em uma área de 30 mil metros quadrados.

“Este ano, estamos preparando um evento ainda maior e mais inovador. Vamos trazer experiências diferenciadas e oportunidades concretas de negócios. A Abrin tem um papel fundamental no fortalecimento do setor, conectando os diferentes elos da cadeia e antecipando as principais tendências que vão impulsionar o mercado durante os próximos meses”, destacou o presidente da Francal, Fernando Ruas, responsável pela organização.


Fonte: Ag. Brasil – Foto: Rovena Rosa/Ag. Brasil

Governo vai liberar saldo do FGTS a quem optou por saque-aniversário

Os trabalhadores que aderiram ao saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e foram demitidos sem justa causa poderão sacar os recursos depositados pela empresa antes da dispensa. Na sexta-feira (28), o governo federal publicará medida provisória liberando os recursos, confirmou o Ministério do Trabalho e Emprego.

A medida beneficiará 12,1 milhões de trabalhadores dispensados desde janeiro de 2020 até a data da publicação da MP e injetará R$ 12 bilhões na economia. Segundo o Ministério do Trabalho, os valores serão creditados na conta cadastrada no FGTS em duas etapas.

Na primeira etapa, será depositado valor até o limite de R$ 3 mil da parcela depositada pelo empregador anterior. Se o valor for superior, o saldo restante será liberado numa segunda etapa, 110 dias após a publicação da MP.

A liberação ocorrerá apenas nessas duas fases.

Depois desse prazo, os trabalhadores que optarem pelo saque-aniversário e forem demitidos não poderão acessar o saldo, que permanecerá retido.

Nesta terça-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniria com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e as centrais sindicais para comunicar a medida. No entanto, o encontro foi adiado por problemas de agenda, informou o Palácio do Planalto. Durante a tarde, Lula se reuniu com Nísia Trindade, quando comunicou-a da saída do cargo de ministra da Saúde.

Saque-aniversário

Criada em 2019 e em vigor desde 2020, a modalidade do saque-aniversário permite a retirada de parte do saldo de qualquer conta ativa ou inativa do fundo a cada ano, no mês de aniversário.

Em troca, o trabalhador não poderá sacar o valor depositado pela empresa em caso de demissão sem justa causa, apenas a multa rescisória.

O período de saques começa no primeiro dia útil do mês de aniversário do trabalhador. Os valores ficam disponíveis até o último dia útil do segundo mês subsequente.

Caso o dinheiro não seja retirado no prazo, volta para as contas do FGTS em nome do trabalhador.


Fonte: Ag. Brasil – Foto: Joédson Alves/Ag. Brasil